Antes de mais nada, eu sou canhoto. Mas escrevo este texto como destro, assim como a maioria da população. Também é válido lembrar que sou homem e se você quiser liberdade para inverter os termos "homem" e "mulher" do texto abaixo, assim o faça, pois escrevo este texto antes de mais nada como companheiro de alguém.
Quando alguém diz que fulano é seu braço direito, eu logo imagino que o tal fulano é aquela pessoa com qual ela conta pra tudo o que ele faz, afinal, o braço direito é o que tem a coordenação, precisão e habilidade necessária para tudo que fazemos, da escrita ao manejo de uma arma. Muitas pessoas podem se dar ao luxo de dizer que sua esposa é seu braço direito, todavia, normalmente ela não é, pela própria natureza e diferença de raciocínio geral entre homens e mulheres e até mesmo pelas diferenças de forças entre o homem e a mulher.
O título deste texto é uma referência ao esquecido braço esquerdo. Ele não tem a precisão que desejamos, nem a força para executar tudo que queremos, porém ele faz o que mais precisamos, nosso braço esquerdo nos dá suporte, apoio. Ele torna a tarefa do braço direito muito mais simples, perfeita.
Assim é minha companheira. Eu não conto, nem espero que ela faça o mesmo que eu faço. Nem espero que ela pense da mesma forma que eu, apesar eventualmente tentar. Mas não posso em nenhum momento reclamar da ajuda e o apoio que ela naturalmente me dá, mesmo que este apoio seja só estar ali, do meu lado.
Ainda com a metáfora eu posso utilizar o homem tentando sair de um buraco, seu braço direito lhe dá a força necessária, mas é o esquerdo quem dá o apoio final para executar a tarefa de forma muito mais fácil.
E pra finalizar, eu não me importo se meu braço esquerdo superar o direito, afinal de contas, eu sou canhoto.
