quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Despedidas da vida

Não precisa fingir que não me conhece, nem baixar a cabeça como quem não me quer ver. Não precisa mudar o caminho, nem fingir interesse repentino no horizonte. Não precisa mudar de calçada, nem puxar assunto com o desconhecido do lado.

Não há motivos para fechar sua cara, nem fingir que entre nós não houve nada. Me perdoe se eu ainda desconcerto você. Não há razão para achar que eu a provoco. Eu não lhe desejo mal algum, mas infelizmente, em nosso caso, não deu certo.

Não que não tenha dado nunca, foi bom enquanto durou, se pudesse voltar atrás, voltar naquele minuto que nós cruzamos olhares, onde tudo começou, eu mesmo não mudaria uma vírgula. Não se muda um poema já escrito.

Não precisa provar que está melhor do que eu, nem que está pior, o mais importante neste caso em particular é que você esteja bem, de preferência feliz. Não preciso me remoer lembrando de situações únicas que podem descrever nós dois, mas posso garantir que se você estiver bem, nada disso será necessário, tampouco tenha sido em vão.

Vale lembrar que ainda gosto de você. Não um 'gostar' voraz de uma paixão, nem um 'gostar' profundo como o amor, talvez eu lhe dê a medida correta de importância, nada a mais do que você atualmente significa.

Por fim pode passar por mim. Eu apenas olharei você enquanto se vai. Por favor, não olhe para trás, não ajuste o retrovisor, respire fundo e siga adiante. A vida continua, a dúvida já teve seu tempo e o adeus já fora dado há mais de dez anos atrás.

Raros textos meus levam o nome de alguém, e este, em particular, não será excessão.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O que você faz de meia-noite às seis?

Quando eu conto ninguém acredita. Estou esperando ele crescer um pouco pra me ensinar como fazer outras coisas dormindo.


segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Poeminha Brega

Você é a tampa da minha panela
É a metade da minha metade
É a chave da minha fechadura
É a porca do meu parafuso
É o encaixe do meu lego
É a estrela da minha chave philips
É o cabo de força da minha fonte
É o slot do meu processador
É o chip do meu celular
É a energia da minha tomada
É o neurônio do meu conhecimento
É a chefe da minha tribo
É o lcd do meu Iphone
É a caixa de som do meu stereo
É a onda da minha prancha
É a chama da minha lareira
É a guitarrista da minha banda
É o RJ-45 da minha rede
É o trem da minha ferrovia
É o back vocal da minha dupla sertaneja
É o pão com manteiga do meu pingado
É a foto 3x4 da minha identidade
É a canto do meu sabiá
É a maresia da minha praia
É a linha do equador da minha terra
É o garfo da minha bicicleta
É o hidrogenio da minha água

Você é o poeminha brega do meu blog apaixonado.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Por que eu quis!

Imagino que tudo na minha vida eu posso separar duas categorias: Coisas que consquistei e Coisas que me deram. Entretanto, dentro tudo que eu tenho, incluindo coisas não materiais como amor próprio, família, emprego, religião, cada um possui uma relação comigo em diferentes níveis, por exemplo:

_ Por que você não acredita em Deus?
_ Porque falo com Ele todos os dias.

Nesse aspecto, sempre acredito que toda quebra, desentendimento ou briga, trás a tona o questionamento. Esse questionamento quebra a relação de dependencia de uma relação e se superada ela trás a tona a maturidade.

Então... Quando me perguntarem porque eu corro atrás de algo que tanto briguei para ter longe de mim, a resposta é simples: Antes eu dependia dela, agora eu optei por ela.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Um amor, um lugar

[Composição de Herbert Viana]

O meu amor é teu
O meu desejo é meu
O teu silêncio é um véu
O meu inferno é o céu
Pra quem não sente culpa de nada
Se não for, valeu
E se já for, adeus
O dia amanheceu
Levante as mãos para o céu
E agradeça se um dia encontrar
Um amor, um lugar
Pra sonhar
Pra que a dor possa sempre mostrar
Algo de bom

Eu ainda lembro
O dia que eu te encontrei
Eu ainda lembro
Como era fácil viver
Ainda lembro

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Perhaps

Você não quer admitir que me ama, e assim, como eu irei saber? Você só me fala talvez, talvez, talvez.

Um milhão de vezes eu lhe pergunto e então, eu lhe pergunto novamente, você só responde talvez, talvez, talvez.

Se você não consegue se decidir, nós nunca começaremos, e eu não quero esfriar a cabeça, estar separado, de coração partido.

Assim, se você realmente me ama, diga que sim, mas se não querida, confesse e por favor não me diga talvez, talvez, talvez.


domingo, 2 de novembro de 2008

Finados

[Quando traduzi a música abaixo pela primeira vez eu chorei, chorei porque ela foi compartilhada por pessoas que não estão mais conosco e naquela época esta música não tinha significado nenhum. Esta é minha homenagem ao dia de finados e para aqueles queridos que se foram.]

Eu não me lembro onde eu estava, descobri que minha vida foi um jogo. Quanto mais sério tentei levar as coisas mais difíceis as regras se tornaram. Eu não tinha idéia do que isso custaria, minha vida passou pelos meus olhos. Eu descobri que acompanhei mal todos os meus planejamentos negados.

Então tal como você lê esse pensamento, meus amigos, eu amei estar com vocês todos, por favor sorria quando pensar em mim, apenas meu corpo se foi e isso é tudo.

Ao mundo, aos meus amigos: Eu amo vocês, mas tenho que partir. Estas são as últimas palavras que eu sempre direi e elas me liberarão.

Se meu coração ainda estivesse vivo, com certeza estaria partido e minha memórias que deixei com você, não há mais nada a dizer.

Mudanças são coisas simples, o que fica pra trás é que dói. Eu sei que no meu sono eu não sinto mais nenhuma dor e todos que vivem têm medo.


sábado, 1 de novembro de 2008

Ignorância e felicidade

Não me conte, prefiro não saber, prefiro nunca ouvir falar, prefiro fingir que não vi.

Não me alerte, não me incomode com isso, não ache que eu mereça tal conhecimento.

Não suponha que eu queira saber, não me tente com a oferta, não arrisque o palpite.

Não deixe um bilhete, não me telefone, nem peça pra uma amiga me ligar.

Não fale com meus colegas, não conte para meus amigos, não comente com minha família.

Não faça sinais, não mande telegrama, não envie um e-mail anônimo.

Não use o orkut, não mande depoimento, não fale no MSN.

Não tire fotos, não guarde registros, apague as evidências.

Não me acorde, não me interrompa, não complete a frase.

Não quero saber, prefiro confiar em você, cegamente, botar a mão no fogo, mesmo que alguém veja eu me queimar, comece este texto outra vez.

Feliz Halloween!

Aqui no Brasil não temos costume de colocar uma fantasia e sair por aí batendo na porta dos outros dizendo "doces ou travessuras!" ("Trick or Treat!"). Apesar de que já acontecem algumas festas bacanas.

Então, pra vocês, brasileiros, feliz Halloween Nacional e como recompensa, segue o link que me fez chorar de tanto rir.

http://www.trash80s.com.br/radio_/radio2.php?halloweennacional

PS: Yammy, obrigado pelo link.