quarta-feira, 6 de agosto de 2008

De mito à mito.

Eu guardo alguns méritos em minha vida dos quais tenho muito orgulho deles. Quase todos envolveram provas e testes, por exemplo, nunca reprovei numa prova de certificação da Microsoft e alguns outros, não não muitos, mas guardo eles comigo.

Eu já havia visto o edital do concurso do Superior Tribunal de Federal, mas quando me perguntaram se eu ia fazer eu respondi enfático: "Ah, já perdi a inscrição, mas não gosto de concurso do Cespe, nunca passei em nada que o Cespe me avaliou". Mas para minha surpresa as inscrições ainda estavam abertas. Então, sem muita fé fiz a inscrição.

Apesar das insistencias dos amigos, sempre estudando para a prova, eu recusei todas as ajudas. Li superficialmente aquele PDF do regimento interno, me resumi ao que sabia.

No dia da prova fui sem muita fé, vou lá porque paguei. Esqueci a maldita caneta Bic (de corpo transparente) preta como mandava no edital. Pedi educadamente para a fiscal da sala e recebi uma resposta "você não trouxe caneta é porque não quer fazer a prova". Quase respondi que não queria mesmo. Os meus companheiros de prova, quase todos com duas canetas igual ao manual do concurseiro diz, nem se prontificaram a me dar uma, apenas fizeram aquela cara de tacho balançando a cabeça negativamente.

Em desespero, a menos de 10 minutos da prova, fui até fora do prédio atrás de um vendedor de canetas. Foi então que me dei conta que eu não tinha nenhum real comigo.

Voltei pra sala olhando nos bolsos dos fiscais, na esperança de encontrar uma caneta. Já no andar da minha sala cheguei sem esperanças, ia somente pegar minhas coisas e ir embora.

Consegui a caneta por pura sorte com a fiscal que ficava na sala ao lado da minha. Ela até fez algum piada do tipo "se não fosse eu".

Entrei na sala com a caneta na mão como se fosse um troféu, minha vontade era enfiá-la no ** da fiscal e dos idiotas que não me emprestaram.

Durante a prova pensei comigo: Já que não estudei vou arriscar algo novo. Vou fazer apenas o que sei, não vou chutar nada.

Com cinquenta minutos de prova comecei a preencher o gabarito, resisti fielmente à tentação de não tentar aquela questão que eu tinha quase certeza. Uma hora e vinte minutos do início da prova eu estava a caminho de casa.

É aqui que o título desse texto faz sentido. Sem querer, naquele dia eu quebrei um mito. Eu passei em um concurso público, sem estudar uma vírgula e sem arriscar em nenhuma questão. E sem querer, me tornei um mito.

Um comentário:

Unknown disse...

pôh isso q foi um certame ein!!!!uhauhauahua mas valeu a pena com certeza...

Parabéns Solon!! vi lah sua nota mandou super bem cara!!

em um futuro próximo espero tb estar alcançando esse objetivo :]

té mais. Abrasss. Vini